Mauricio Waldman

2012: Com o Gatão, felino decano da casa          2010: Palestrando na Câmara de Joinville           2006: Foto Verbete Wikipedia English Edition

Mauricio Waldman

1990: Autografando Conversão da Dívida      2004: Palestra Águas Globais em Ribeirão Pires       2010: Feira Internacional do Livro São Paulo

Mauricio Waldman

1990: Em evento na Represa Billings, no ABC           1999: Diretor da escola da FEBEM                       1996: Treinando Arco e Flecha outdoor

Mauricio Waldman

2011: Encontro Ambiental de Marabá, Pará   1998: Encontro Nacional de Geógrafos, Bahia    2015: Instituto Federal do Sul de Minas

Mauricio Waldman

1991: Secretário de Governo em São Bernardo     2006: Autográfos Editora Senac         2012: Com Rainhas e Princesas do Samba paulistano

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Editora Kotev na Parada!

Logo Kotev

Em breve, a EDITORA KOTEV estará disponibilizando diversos títulos ao público leitor.

A decisão de criar a EDITORA KOTEV data do segundo semestre de 2012, por conta de entendimento do Professor Maurício Waldman quanto ao potencial do ambiente digital como referência de publicização e de acesso a textos de diferente natureza.

Em Maio de 2014 a EDITORA KOTEV passou a existir como pessoa jurídica. No primeiro semestre de 2015, foram prospectados e avaliados diversos serviços suporte editorial com recorte digital.

Optou-se pela KOBO, corporação com a qual a EDITORA KOTEV firmou vínculo institucional em Agosto de 2015.

A KOBO é uma empresa sediada em Toronto, no Canadá, cuja plataforma digital atende ao pressuposto de agilidade que a EDITORA KOTEV assume como essencial.

No mais, a KOBO distingue-se por reconhecido desempenho na área de e-reading e bookstore, hoje um dos mais solicitados em todo o mundo.

Na sequencia, a EDITORA KOTEV pactuou parceria em Outubro de 2015 com a LIVRARIA CULTURA, icônica casa comercial do ramo de publicações sediada na capital paulista.

Neste acerto, a LIVRARIA CULTURA ficou incumbida de disponibilizar os títulos da EDITORA KOTEV no seu site e de prestar serviços de divulgação.

A EDITORA KOTEV adota quatro pilares editoriais, tanto como campo específico quanto na interação destes entre si. São os que seguem:

• Defesa do Meio Ambiente
• Relações Internacionais
• África & Africanidades
• Educação Ambiental

A EDITORA KOTEV assume como valores:

• Respeito à diversidade humana
• Defesa do meio ambiente
• Livre exercício da visão crítica
• Igualdade de oportunidades
• Renovação e inovação tecnológica
• Bem estar econômico e social.

A EDITORA KOTEV tem por premissas:

• Incentivo ao espírito crítico
• Difusão do conhecimento opinativo
• Rever e repensar modos e estilos de vida
• Debate de novos caminhos para a sociedade brasileira.

Em Março de 2016, os primeiros títulos já estarão disponibilizados na home page da LIVRARIA CULTURA através da plataforma KOBO.

A EDITORA KOTEV tem a convicção de que terá muito terá a contribuir. Contamos com o apoio de todos que acompanharem nosso trabalho.

EDITORA KOTEV

CONTATOS:

EDITORIAL: editorial@kotev.com.br
ATENDIMENTO: atendimento@kotev.com.br
DIVULGAÇÃO: divulgacao@kotev.com.br
COMERCIAL: comercial@kotev.com.br

PÁGINA NO FACEBOOK:

https://www.facebook.com/Editora-KOTEV-148044122220921/?ref=hl

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Portal Waldman de Cara Nova


O Portal do Professor Maurício Waldman foi primeiramente ao ar em 21 de Novembro de 2002. O Portal foi reformulado e relançado na Internet em dois outros momentos: em 03 de Fevereiro de 2014 e posteriormente em 14 de Dezembro de 2015, momento em que assumiu a atual configuração.

Nesta última repaginação o Portal passou a incorporar um Ambiente de Negócios, oferecendo visibilidade para quatro áreas nas quais minha atuação profissional está centrada: Cursos & Palestras, Jornalismo & Geração de Textos, Consultorias e Coordenação Editorial.

No site, cada uma destas frentes de atuação foi sistematizada como portfólio das atividades desempenhadas e/ou em curso: artigos publicados na imprensa, temas de palestras, propostas de cursos, consultorias (meio ambiente, mercadologia e educação), assim como atuação no mercado editorial.

Ao mesmo tempo, o Portal mantém numeroso acervo de textos, entrevistas, livros, artigos acadêmicos, reportagens, ensaios, resenhas, arquivos de voz e vídeos, perfazendo uma autêntica Biblioteca Virtual, no ar desde o lançamento do site em 2002.

Esta Biblioteca Virtual, somando dez milhões de caracteres apenas em materiais com suporte escrito, está tematicamente organizada em seis campos do conhecimento: Antropologia, Geografia, Religião, Meio Ambiente, História e Relações Internacionais.

O Portal do Professor Maurício Waldman é um espaço virtual freqüentado por 500.000 a 1.000.000 visitantes em média por ano. Hoje, o constitui o maior acervo intelectual com titularidade individual disponibilizado na Internet brasileira.

Quem ainda não conhece Portal do Professor do Maurício Waldman, confira o site na sua nova formatação:

PORTAL DO PROFESSOR MAURÍCIO WALDMAN

Waldman Cursos & Palestras no Facebook



PREZAD@S:


Em 2016 estarei retomando minhas atividades como conferencista.

Falar em público sempre foi para mim atividade gratificante, trazendo-me muitas alegrias, felicidades e contentamento.

Pois bem: estou de volta!

Confiram os temas das palestras para 2016, assim como os respectivos flyers.

Estão todos disponíveis nos links que seguem:


PALESTRAS AMBIENTAIS:
http://www.mw.pro.br/mw_mw/index.php/palestras-waldman/174-palestras-ambientais

PALESTRAS EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
http://www.mw.pro.br/mw_mw/index.php/palestras-waldman/177-palestras-educacao-ambiental

PALESTRAS ÁFRICA & AFRICANIDADES:
http://www.mw.pro.br/mw_mw/index.php/palestras-waldman/175-palestras-africa-africanidades

PALESTRAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS:
http://www.mw.pro.br/mw_mw/index.php/palestras-waldman/176-palestras-relacoes-internacionais

WALDMAN CURSOS E PALESTRAS, LINK GERAL DE DIVULGAÇÃO:
http://mw.pro.br/mw/2015_Cursos_e_Palestras.pdf


Já está no ar no Facebook página própria de divulgação das palestras e conferências que estou propondo para 2016. Confiram:

FACEBOOK: WALDMAN CURSOS E PALESTRAS
facebook.com/mwcursosepalestras



MAIS INFORMAÇÃO & CONTATO


PROFESSOR MAURÍCIO WALDMAN                  FRANCESCO PICCIOLO ASSISTENTE
                   mw@mw.pro.br                                                    francesco@mw.pro.br

Seguindo para 2016!‏‏


2016: SERÃO 366 DIAS PARA:

SEGUIR NOSSAS IDEIAS

VIVER NOSSAS ESCOLHAS

TRILHAR NOSSO CAMINHO

CONQUISTAR O QUE QUEREMOS

BOAS FESTAS & FELIZ 2016!

São os votos do Professor Maurício Waldman

A Geografia do Racismo Estrutural


Tema que tem gerado verdadeiros rios de tinta, a questão do preconceito racial no Brasil pesponta inúmeras análises e depoimentos.

Contudo, frequentemente a discussão é escamoteada - mesmo que de modo não premeditado - por arrazoados que meramente se voltam para premissas pontuais e conjunturais desta questão.

O problema é que o racismo é um fenômeno profundo, que não se esgota em manifestações fenomênicas junto ao social. Isto, independentemente da freqüência com que irrompe.

Neste prisma, vale resgatar admoestação do geógrafo Milton Santos. Para ele, no Brasil:

A marca predominante é a ambivalência com que a sociedade branca dominante reage quando o tema é a existência, no país, de um problema negro. Essa equivocação é também duplicidade e pode ser resumida no pensamento de autores como Florestan Fernandes e Octavio Ianni. Para eles, entre nós, feio não é ter preconceito de cor, mas manifestá-lo” [...] “a chamada boa sociedade parece considerar que há um lugar predeterminado - lá embaixo - para os negros. E assim tranquilamente se comporta (Milton Santos, Ética enviesada da sociedade branca desvia enfrentamento do problema negro, 2011: 169-172).

Pois então, foi com a predisposição em pontuar os aspectos estruturais do racismo que optei, acatando a ponderação de Milton Santos, por escrever o artigo A GEOGRAFIA DO RACISMO ESTRUTURAL BRASILEIRO.

A GEOGRAFIA DO RACISMO ESTRUTURAL BRASILEIRO
foi publicado em 18-11-2015 pelo jornal O IMPARCIAL, de Presidente Prudente. O artigo discute a temática do preconceito racial no Brasil na ótica da geografia, exibindo dados e reflexões sobre o tema, assim como a persistência desta barreira à plena cidadania para milhões de brasileiros.

A GEOGRAFIA DO RACISMO ESTRUTURAL BRASILEIRO pode ser acessado pelos interessados no link que segue. Bom proveito.

Lixo: A Disputa por aquilo que Sobra


Em grande número de avaliações, a questão da gestão dos resíduos sólidos está circunscrita a aspectos técnicos ou avalizam temários anódinos, apologéticos de uma noção de cidadania que subentende a catação como um passaporte a priori para a inclusão social.

Na realidade - e a despeito de um pool de políticas sociais levadas a cabo nos últimos anos - os catadores constituem a epítome de uma sociedade marcadamente dessimétrica, averbação que ainda mantém toda sua força.

Nessa via de entendimento, avalizar políticas inclusivas requer um quadro de referências bem mais amplo e complexo, atinente aos nexos contraditórios que regem a sociedade brasileira.

Pontuando melhor: para as recicladoras, os descartes constituem matéria-prima. Mas, para o segmento fabril “tradicional”, a reciclagem funciona apenas como possibilidade de minimizar custos de produção.

Quanto aos que estão devotados em recuperar energia do lixo através da incineração, estes entendem os rejeitos como combustível e não como materiais reaproveitáveis. Para os que gerenciam aterros e a coleta do lixo, o que interessa é a quantidade de refugos domésticos disponíveis para ser abduzida, e não a sua recuperação.

Por sua vez, aspectos econômicos envolvidos na catação não são vistos na mesma perspectiva pelos catadores “avulsos” ou pelas cooperativas.

Envolvendo, pois uma diferenciada ciranda de motivações e procedimentos, a gestão do lixo sugere um apanhado crítico, vocacionado a expor o contraditório e os dilemas que pespontam por este temário.

Foi com tal pretensão que confeccionei o texto RECICLAGEM, CATADORES E GESTÃO DO LIXO: DILEMAS E CONTRADIÇÕES NA DISPUTA PELO QUE SOBRA.

RECICLAGEM, CATADORES E GESTÃO DO LIXO: DILEMAS E CONTRADIÇÕES NA DISPUTA PELO QUE SOBRA foi publicado pelo Boletim Paulista de Geografia, da Associação dos Geógrafos Brasileiros, nº. 93, pp. 131-145.

O material está a disposição dos interessados. Confira-se:

Amy Winehouse: Voz que deixa saudades


Durante o curto período em que Amy Winehouse (1983-2011) compartilhou este mundo com seus admiradores, suas canções e sua voz foram um sucesso incontestável.

Nascida no seio da comunidade judaica de Londres, Amy deixou-nos o legado de amplo repertório de canções magníficas.

Embora o sucesso tenha batido às portas da cantora já em 2003, foi três anos após, em 2006, com o lançamento do seu segundo álbum, Back to Black, que Amy Winehouse foi alçada à uma proeminência mundial como artista.

Back to Black obteve amplo sucesso comercial, alcançando as mais elevadas posições no ranking internacional.

Back to Black obteve a primeira posição no hit parade em 23 países, incluindo o Reino Unido, Áustria, Alemanha e Dinamarca, chegando nos EUA à segunda posição.

Legado musical de primeira ordem, segue clip e letra de Back to Black, em inglês e português:




Back To Black


He left no time to regret
Kept his dick wet
With his same old safe bet
Me and my head high
And my tears dry
Get on without my guy
You went back to what you knew
So far removed from all that we went through
And I tread a troubled track
My odds are stacked
I'll go back to black

We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to

I go back to us

I love you much
It's not enough
You love blow and I love puff

And life is like a pipe
And I'm a tiny penny rolling up the walls inside

We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to

Black, black, black, black, black, black, black
I go back to
I go back to

We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to

We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to black


De Volta Para a Escuridão

Ele não teve tempo para se arrepender
Manteve seu pinto molhado
Com sua segura e velha aposta de sempre
Eu e minha cabeça erguida
E minhas lágrimas secas
Passar sem o meu cara
Você voltou para o que você conhecia
Tão distante de tudo que passamos
E eu trilho um caminho conturbado
Minhas chances estão empilhadas
Eu vou voltar para o luto

Nós nos despedimos apenas com palavras
Eu morri umas cem vezes
Você voltou para ela
E eu voltei para

Eu voltei para nós

Eu te amo tanto
Não é suficiente
Você ama cocaína e eu amo maconha

E a vida é como um tubo
E eu sou um pequeno centavo rolando parede a dentro

Nós nos despedimos apenas com palavras
Eu morri umas cem vezes
Você voltou para ela
E eu voltei para

Escuridão, escuridão, escuridão, escuridão, escuridão, escuridão, escuridão
Eu voltei para
Eu voltei para

Nós nos despedimos apenas com palavras
Eu morri umas cem vezes
Você voltou para ela
E eu voltei para

Nós nos despedimos apenas com palavras
Eu morri umas cem vezes
Você voltou para ela
E eu volto para a escuridão

As Telas Extraordinárias de Paul Delvaux


Nas nossas preferências, somos muitas vezes motivados por uma ordem de razões nem sempre evidentes a nós mesmos.

Isto porque gostar ou não de algo é uma predicação frequentemente enraizada em nexos demasiado profundos para serem clarificados por uma ordenação racional de mundo.

Sempre senti, por exemplo, atração irresistível pelas sedutoras imagens que nos são presenteadas pela diversificada coleção de obras assinadas pelos pintores surrealistas.

Mas não com a mesma intensidade.

Há os que me atraem mais, ou bem mais do que os outros. Dos grandes nomes da corrente surrealista, a obra do pintor belga Paul Delvaux (1897-1994) sempre contou com meu favoritismo.

Tecnicamente, Delvaux mantinha clara proximidade com padrões pictóricos clássicos e acadêmicos. Ao mesmo tempo, suas obras revelam fixação por temas carregados de mistério, paisagens e pessoas que materializam mundos oníricos carregados de forte subjetividade.

Mormente, tal propensão é tonificada quanto as telas do pintor retratam imagens associadas à figura da mulher, protagonizando cenários nos quais o erotismo é diluído numa atmosfera de sonhos densos, solitários e inquietantes.

Todavia, esta conclusão é minha.

Cabe a cada um fazer suas próprias deduções.

Basta consultar os dois acervos digitais que seguem:


Livro de Cabeceira: O Aleph, de Jorge Luis Borges


Ainda muito jovem tomei contato com a obra do escritor argentino Jorge Luis Borges.

Desde então, nunca mais deixei de pensar no que páginas e páginas de textos bem construídos, laboriosos e instigantes me transmitiram.

Detentor de um estilo inusual e labiríntico, os cenários nos quais Borges situa os personagens assim como a propensão fantástica da sua literatura me arrebataram desde o primeiro momento.

Um autor sem dúvida alguma marcante na minha formação.

A obra de Borges é profunda e erudita. Seus textos traduzem literariamente conceitos existenciais complexos, que resistem a um entendimento linear.

Foi esta a marca deixada pela leitura voraz de El Aleph (O Alef, 1949), famosíssima obra prima do escritor, que li em 1973 aos dezoito anos.

Além de El Aleph, li praticamente toda a obra de Borges e nunca uma única vez. Como toda obra minuciosa merece, repeti com devoção a leitura dos textos de Borges. Até porque os textos de Borges sempre nos revelam o inédito a cada nova leitura.

Mesmo hoje, mais de quatro décadas após meu primeiro contato com Borges, recordo-me de muitas das suas sábias colocações, ponderações que contribuem para que o mundo se torne para mim algo menos ininteligível do que é.

Note-se que a despeito do brilhantismo da sua produção, Jorge Luis Borges nunca foi laureado com o Premio Nobel. Muitos argumentam - com boa dose de razão - que o conservadorismo político do escritor inibiu a concessão da honraria.

Uma coisa é certa: o repúdio a Borges sempre foi uma unanimidade entre os setores politicamente engajados da esquerda.

Mas isto não nega em nada a receptividade conquistada pelos seus textos. Tampouco o reconhecimento mundial do valor da sua literatura. Sua obra foi traduzida para praticamente todas as línguas de prestígio, sempre agremiando legiões de admiradores.

Nascido em Buenos Aires em 1899, Borges faleceu na Suíça, país onde desenvolveu parte de sua formação, em 1986. Viveu de modo recluso, imerso na sua cegueira e nas geniais percepções que captava e transmitia nos seus escritos.

Afortunadamente, o texto de O Alef está disponibilizado na Internet. Assim, todos os que desejam ingressar no universo fascinante da pena de Jorge Luis Borges podem fazê-lo a qualquer momento.

Inclusive agora:

A Vaca Sagrada é Útil


Na órbita do debate antropológico, a despeito de minha filiação com vertentes que priorizam a percepção, entendo que nenhuma corrente pode ser ignorada.

Mutatis mutandis, toda escola de pensamento têm algo a colocar, assertiva também válida para o materialismo cultural.

O Materialismo Cultural trabalha com premissas enraizadas no pensamento marxista. Porém, nunca se restringindo a este ideário.

Axiomaticamente, esta perspectiva foi definida pela primeira vez na obra do antropólogo norte-americano Marvin Harris (1927-2001), particularmente em seu entronizado The Rise of Anthropological Theory (1968).

Sumarizando, para o materialismo cultural a apreensão da dimensão cultural não pode ser dissociada da esfera econômica, política e ideológica, sempre observadas em associação com um dado contexto histórico.

Isto implica numa ampla moldura de análise, apreendendo desde os ângulos conhecidos ou verificáveis de uma ordem social, até as formas assumidas pelas manifestações culturais nas diferentes texturas sociais.

Foi inspirado na memorável contribuição de Harris que escrevi A VACA SAGRADA É ÚTIL, artigo publicado pelo jornal O IMPARCIAL na edição de 03-11-2015.

A VACA SAGRADA É ÚTIL busca responder uma indagação seminal: Afinal, Por que as vacas são reverenciadas na Índia?

A VACA SAGRADA É ÚTIL fornece algumas pistas para entender as razões da devoção indiana aos bovinos. E mais: a influente fundamentação ambiental que comanda o fenômeno.

Ao longo do texto, a explicação apela para as teses de Marvin Harris.

Para conferir, basta acessar:

Pedalando em Berlim



Durante muitos anos dediquei-me com afinco ao ciclismo. Pedalei distâncias a perder de vista no dia-a-dia. Poderia inclusive afirmar que se tratava de um vício.

Como creio que atraímos o inusitado a partir do que praticamos com devoção, de pedalada em pedalada terminei participando do Berliner Farhad - Edição de 1995.

Memorável evento berlinense dedicado a ciclismo, o Berliner Farhad é um acontecimento anual com trajeto prefixado que circunscreve toda a mancha urbana de Berlim. Dezenas de milhares de berlinenses participam desta cicleata.

Na ocasião, pedalei durante doze horas seguidas, acompanhando multidão de 300.000 amantes da bicicleta. Meu esforço foi recompensado: cheguei entre os 5.000 primeiros colocados dentre os participantes do circuito.

Na foto, estou numa das paradas do Berliner Farhad - Edição de 1995, bem em frente ao monumento dedicado aos pais do socialismo científico: Karl Marx e seu fiel parceiro Friedrich Engels, um marco icônico da antiga Berlim Oriental.

Instintivamente, penso que há uma indissolúvel ligação entre minhas longas pedaladas na capital paulista no início dos anos 1990, e esta foto, batida por um amigo na distante cidade de Berlim.

É o que penso e imagino.

É o que aconteceu.

Lixo não tem Sexo


A antropologia é um notável e pródigo veio de especulações sobre a questão dos resíduos sólidos. Porém, não tem recebido a devida atenção dos especialistas, neste rol incluídos os que se dedicam ao estudo do lixo.

É deste modo que, por exemplo, a memorável obra do antropólogo norte-americano William Bill Rathje, emérito fundador da Garbology (Lixologia em português), permanece solenemente desconhecida no país.

Foi com a intenção de questionar, com base nas pesquisas de William Rathje, um entendimento amplamente equivocado que define o lixo como "reflexo da sociedade" que escrevi o texto LIXO NÃO TEM SEXO.

Texto voltado para público amplo, o artigo foi publicado pelo jornal O IMPARCIAL, de Presidente Prudente, na edição de 22-09-2015.

LIXO NÃO TEM SEXO alcançou grande repercussão entre todos os leitores e na internet, razão pela qual entendi que um post específico do artigo faria todo sentido.

Segue, pois o link de LIXO NÃO TEM SEXO para todo interessado ler e avaliar:

Para Pensar: A Paráfrase do Imperador Chinês


O ano era 1793 e a ocasião, um momento solene.

Afinal, tratava-se do primeiro contato diplomático que o Reino Unido estabelecia com o antigo e poderoso Tsong Go, O País do Centro, fórmula nitidamente etnocêntrica pela qual os chineses referem-se à sua área civilizatória.

Os ingleses traziam junto com a comitiva de Lord George Macartney, o embaixador do Reino Unido, uma série de aparelhos e invenções com os quais esperavam impressionar a corte chinesa nas suas petições de abertura da China para o comércio inglês.

Tudo em vão. Embora nas décadas seguintes o povo chinês viesse a pagar altíssimo tributo em sofrimentos em subestimar o Ocidente, entenda-se que nada disso parecia estar prefigurado nos finais do século XVIII.

Deste modo, na sala de recepções do vasto palácio Imperial, diante do enviado de sua majestade britânica, o imperador chinês Quianlong comunicou-lhe, através de um arauto, o que está sintetizado na paráfrase que segue:


“Disponho de tudo o que preciso e de nada necessito. Palpiteiros não são bem vindos. Intrusos devem manter distância”.


Postura talvez pedante, a comunicação do imperador chinês certamente se inscreve, por outro lado, na longa e orgulhosa trajetória de uma brilhante civilização, superada pelos ocidentais apenas a partir da era oitocentista.

Durante séculos a China colecionou memoráveis feitos em todos os campos, o melhor que o mundo poderia exibir em termos de talento criativo e civilizatório.

Foi ao mesmo tempo - e exatamente por estas mesmas razões - assediada continuamente por competidores hostis e invasores cruéis, cujo objetivo sempre foi saquear o acervo de conhecimentos e as riquezas da China.

Muitas vezes povos e civilizações - assim como também os indivíduos – expressam condutas geradoras de inconformidade e constrangimento.

Mas apenas a história, advertiu o brilhante geógrafo Milton Santos, nos instrui sobre o significado e a verdadeira natureza das coisas.

Frase - ou paráfrase - para meditar e pensar.

Waldman e Florestan Fernandes


A fotografia deste post é uma das que compõem meu álbum de fotos pessoal e pela qual tenho grande apreço. Creio que não é por pouco.

Na foto sou eu debatendo sobre a questão racial no Brasil com o grande mestre Florestan Fernandes (1920-1995), registro de evento promovido pelo movimento negro da capital paulista lá pelos idos de 1988.

Certamente o instantâneo faria qualquer cidadão se sentir honrado.  Na época, somando eu apenas 33 anos de vida, trocar idéias com Florestan Fernandes numa mesa pública de debates não seria de modo algum uma mera nota na minha agenda pessoal.

Florestan foi um grande nome das ciências sociais no Brasil. Sociólogo e autor de mais de 50 obras, foi professor titular na Universidade de São Paulo (USP). Eleito Deputado Federal em dois mandatos (1986-1990 e 1990-1994), distinguiu-se por seu protagonismo na questão da inserção social do negro na sociedade brasileira.

Florestan materializou esta solidariedade através de atos políticos em defesa de coberturas legais para criar suportes inclusivos para a comunidade negra.

Defendendo a aplicação de políticas públicas especiais de suplementação educacional, social e econômica para o segmento afro-brasileiro, na visão de Florestan Fernandes tais programas constituiriam experimento crucial para democratizar o país e libertar a sociedade nacional do passado escravista.  

Note-se que nos finais dos anos 1970, alavancada pelos movimentos sociais e por membros da intelligentsia - dentre os quais evidentemente o icônico Florestan Fernandes - a questão do negro ingressou na ordem do dia.

Foi com lastro nestas ações que, por exemplo, os direitos dos quilombolas são inscritos na Constituição de 1988 e que a Lei nº. 10.639, de 09-01-2003, tornou obrigatória a temática negro-africana no ensino médio e fundamental.

São conquistas com as quais me identifico. E certamente, também o grande mestre Florestan Fernandes.

Deixo esta foto como registro de um passado que se renova no presente.

É isso.

O Colapso da Favela High Tech


Poucos contextos sociais na história brasileira suscitaram debates tão apaixonados quanto a suposta afluência que de um dia para outro, teria alçado milhões de miseráveis à condição de consumidores sorridentes e felizes.

Averbação criticada por todos que possuem um mínimo de senso crítico, a irrupção no cenário econômico-social do que alguns denominaram de “Nova Classe Média” (NCM), se por um lado esteve perpassada por fabulações, suscitou igualmente ampla coleção de desdobramentos na economia, particularmente na esfera do consumo e dos impactos ambientais que lhe são pertinentes.

Foi assim que no Segundo Semestre de 2015, no transcorrer da confecção do Relatório do meu Terceiro Pós-Doutorado, pesquisa financiada pelo Programa Nacional de Pós Doutorado da fundação (PNPD), mantido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Fundação CAPES), escrevi o artigo O COLAPSO DA FAVELA HIGH TECH.

O COLAPSO DA FAVELA HIGH TECH, texto publicado na edição de 10 de Novembro de 2015 do jornal O IMPARCIAL, de Presidente Prudente, é um dos muitos artigos que escrevi para a COLUNA PENSAR & REPENSAR, seção sob minha titularidade editorial desde Junho de 2014.

O COLAPSO DA FAVELA HIGH TECH analisa criticamente a euforia dos anos Lula, a delirante difusão do conceito de NCM, o estímulo ao consumismo irresponsável, a mistificação econômica e as graves implicações que esta bolha de ilusões trouxe para o país, principalmente para os setores empobrecidos da população a partir da gestão Dilma Rousseff.

Para acessar O COLAPSO DA FAVELA HIGH TECH, segue o link para os interessados: