quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

A Geografia do Racismo Estrutural


Tema que tem gerado verdadeiros rios de tinta, a questão do preconceito racial no Brasil pesponta inúmeras análises e depoimentos.

Contudo, frequentemente a discussão é escamoteada - mesmo que de modo não premeditado - por arrazoados que meramente se voltam para premissas pontuais e conjunturais desta questão.

O problema é que o racismo é um fenômeno profundo, que não se esgota em manifestações fenomênicas junto ao social. Isto, independentemente da freqüência com que irrompe.

Neste prisma, vale resgatar admoestação do geógrafo Milton Santos. Para ele, no Brasil:

A marca predominante é a ambivalência com que a sociedade branca dominante reage quando o tema é a existência, no país, de um problema negro. Essa equivocação é também duplicidade e pode ser resumida no pensamento de autores como Florestan Fernandes e Octavio Ianni. Para eles, entre nós, feio não é ter preconceito de cor, mas manifestá-lo” [...] “a chamada boa sociedade parece considerar que há um lugar predeterminado - lá embaixo - para os negros. E assim tranquilamente se comporta (Milton Santos, Ética enviesada da sociedade branca desvia enfrentamento do problema negro, 2011: 169-172).

Pois então, foi com a predisposição em pontuar os aspectos estruturais do racismo que optei, acatando a ponderação de Milton Santos, por escrever o artigo A GEOGRAFIA DO RACISMO ESTRUTURAL BRASILEIRO.

A GEOGRAFIA DO RACISMO ESTRUTURAL BRASILEIRO
foi publicado em 18-11-2015 pelo jornal O IMPARCIAL, de Presidente Prudente. O artigo discute a temática do preconceito racial no Brasil na ótica da geografia, exibindo dados e reflexões sobre o tema, assim como a persistência desta barreira à plena cidadania para milhões de brasileiros.

A GEOGRAFIA DO RACISMO ESTRUTURAL BRASILEIRO pode ser acessado pelos interessados no link que segue. Bom proveito.

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